“Somos atingidos todos os dias”: os efeitos dos desastres na comunidade de Paracatu de Baixo (MG).
Estudos dos acadêmicos “Somos atingidos todos os dias”: os efeitos dos desastres na comunidade de Paracatu de Baixo (MG).
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Título
“Somos atingidos todos os dias”: os efeitos dos desastres na comunidade de Paracatu de Baixo (MG).
Autor
Gabriela de Paula Marcurio
Descrição
O objetivo deste artigo é descrever como a vulnerabilidade das(os) atingidas(os) pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, foi intensificada com o rompimento da barragem B1, em Brumadinho. A partir de pesquisa de campo realizada com a comunidade de Paracatu de Baixo, verifiquei como a rotina foi alterada por outro desastre em Minas Gerais. Meu argumento é que mesmo a lama de rejeitos não alcançando o município de Mariana, os moradores foram perturbados novamente. Um desastre remete ao outro, na medida em que os moradores acionam a memória para compor narrativas do trauma. Seguindo os relatos das(os) atingidas(os) usados em minha etnografia, proponho uma ampliação da noção de “ser atingido”, considerando o tempo como eixo para pensar as transformações na rotina e os impedimentos das formas de viver. Concluo que a noção abrangente e contígua de atingido é fundamental na construção das lutas e das reivindicações das comunidades atingidas pela mineração.
Ano da publicação
2021
Palavras-chave
Etnografia, Desastre, Minas Gerais
Tema
Memória, trauma e desastre ambiental.
Idioma
Português
Estado
Minas Gerais
Editor
Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Tipo de Dano
Pessoas e/ou Comunidades
Tipo de documento
Artigo