Este é o propósito das oficinas de videocartografia afetiva promovidas pelo CIT. Um recorte geográfico pode ser visto sob várias perspectivas, sendo atribuídos a ele camadas de sentido que enriquecem sua leitura. A oficina propõe construções individuais e coletivas de uma cartografia afetiva dos moradores com seus lugares à luz de suas vivências pessoais.
Com o intuito de evidenciar os vínculos dos participantes com o seu território pela perspectiva dos afetos, o grupo é apresentado a um mapa sobre o qual é disposta uma folha de papel vegetal. Usando recursos da arte-educação e recorrendo às suas experiências e referências subjetivas, os participantes são convidados a produzir suas representações. O diálogo entre educadores e participantes promove o acesso a memórias e desejos como insumos para a identificação e sinalização de locais significativos. Desses traçados surge um outro “mapa”. O que foi dito e o que foi cartografado são sobrepostos e registrados em áudios e vídeos que, juntos, tornam-se uma narrativa sensível e particular, um legado coletivo que atravessa o tempo, tudo isso no contexto das oficinas de videocartografia afetiva promovidas pelo CIT.
A primeira prática com esta metodologia ocorreu no ano de 2023 na comunidade de Povoação, em Linhares (ES). Nove participantes descreveram Povoação a partir de suas vivências e memórias nos mapas afetivos, desenhados com bastante criatividade. Moradores antigos e que fazem parte da história da comunidade foram lembrados, assim como locais e eventos importantes para o grupo. Esse processo é parte das oficinas de videocartografia afetiva promovidas pelo CIT.
As próximas experiências ocorrerão ainda no primeiro semestre de 2024 nos municípios de Ipaba, Rio Casca, Governador Valadares e Baixo Guandu.