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Conhecimento em Pauta inicia seu 4º ciclo apresentando pesquisas sobre o rompimento de Fundão em formato de entrevistas! 

O CIT inicia o 4º ciclo do Conhecimento trazendo pesquisas e estudos sobre o rompimento da barragem de Fundão em um novo formato. Convidamos pesquisadores e especialistas para falarem sobre seus projetos e pesquisas a partir de um diálogo leve, mas nem por isso menos informativo. Acreditamos que esse novo formato possa fazer com que os conteúdos cheguem a mais pessoas interessadas pelos temas da reparação, com uma linguagem mais acessível e menos técnica. 

Para nosso primeiro encontro, convidamos a Doutora em Biociências e Biotecnologia Cristiane dos Santos Vergílio, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para falar sobre o projeto Recuperação das Áreas Impactadas pelo Rompimento da Barragem de Fundão. 

Na entrevista a Dra Cristiane nos conta mais sobre as motivações da pesquisa,

Bacia do Rio Doce. Fonte: Ecodebate,

 dificuldades, seus desdobramentos e resultados. 

Ela nos conta que em março de 2024, uma equipe de pesquisadores de várias instituições brasileiras, como UFES, UENF, UFRJ e USP, iniciou um projeto com objetivo principal avaliar a qualidade da água e do sedimento, além de analisar os efeitos ecotoxicológicos e a biodiversidade nas áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, que se rompeu em novembro de 2015. 

Os pesquisadores coletaram amostras de água e sedimento em diferentes pontos do Rio Doce e regiões costeiras do Espírito Santo e analisaram a composição química, a presença de metais pesados e a toxicidade das amostras. Feita a muitas mãos, como muitas pesquisas desenvolvidas nas universidades brasileiras, os resultados mostraram variações significativas nos níveis de pH, oxigênio dissolvido e turbidez entre as estações seca e chuvosa. A análise dos sedimentos revelou a presença de metais pesados como mercúrio e chumbo, que podem afetar a vida aquática. Testes ecotoxicológicos indicaram que a água e os sedimentos ainda apresentam toxicidade para organismos aquáticos além de outros impactos no meio ambiente. 

A pesquisadora deixa claro na sua fala que, após um desastre dessa magnitude e complexidade, há a necessidade de monitoramento contínuo e ações de recuperação para mitigar os impactos ambientais a longo prazo. 

Além disso, podemos perceber pela entrevista como a presença de pesquisadores reverbera nessas comunidades impactadas pelo desastre de Mariana e como é importante, em alguma medida, que os resultados alcancem essas pessoas para além da academia. 

Convidamos você a assistir a entrevista (link) e conhecer mais sobre o projeto. Também é possível ter acesso o relatório completo da pesquisa, disponível na nossa coleção de estudos acadêmicos (link). 

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