Unidades físicas e site interativo criados para oferecer à população informações de diversos tipos e formatos sobre o rompimento da Barragem de Fundão.
Projeto de Informação à População: unidades CIT e acervo digital
O Centro de Informação Técnica (CIT) tem a missão de promover a construção participativa e o acesso ao conhecimento sobre o rompimento da barragem de Fundão e o processo de reparação socioambiental, por meio da organização de informações e conteúdos compartilhados, tanto no ambiente virtual quanto nos seus espaços físicos.
Através da implantação de três unidades, em Mariana (MG), Governador Valadares (MG) e Linhares (ES), que atuarão como centros de referência regionais sobre o rompimento, o CIT desenvolve temas de interesse das comunidades, em ações como oficinas e eventos planejados, para que as informações cheguem de forma acessível e transparente a diferentes territórios.
O CIT também é responsável pela construção de um acervo digital colaborativo, que visa reunir em um único site, conteúdos referentes ao rompimento da barragem de Fundão.
Os conteúdos possuem formatos diversificados e estão disponíveis para que todos os públicos possam buscar por temas de seu interesse, sejam eles produções técnicas, sociais e culturais. Por ser uma construção coletiva, o acervo busca contar com a participação das comunidades atingidas, universidades e instituições públicas, possibilitando a entrega de um verdadeiro legado de informação para a população.
A construção do acervo digital e a implantação das unidades físicas são obrigações previstas, respectivamente, nas cláusulas 65 e 174 do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), pelo qual se constituiu a Fundação Renova.
CIT Mariana
A primeira unidade do CIT a iniciar suas atividades esteve na cidade de Mariana (MG), entre agosto de 2018 e março de 2020, na “Casa do Jardim”.
O espaço recebeu visitantes, oficinas e diversos outros eventos voltados para a comunidade.
No entanto, a unidade encerrou suas atividades naquele casarão para se restabelecer em um espaço permanente.
A equipe do CIT reformulou os conteúdos para melhor atendimento às necessidades de informação dos atingidos e buscou ocupar um espaço permanente e público, tendo em vista o repasse futuro para parceiros e/ou entes públicos.
Enquanto as tratativas entre o CIT e o poder público não avançam para implementação de um local nestas condições, o CIT foi instalado em espaço alugado na cidade de Mariana, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024. Este espaço encerrou suas atividades em atendimento à Deliberação nº800/CIF.
O CIT permanece em negociação com o poder público para a implementação definitiva da unidade CIT em Mariana.
A primeira unidade do CIT a iniciar suas atividades esteve na cidade de Mariana (MG), entre agosto de 2018 e março de 2020, na “Casa do Jardim”.
O espaço recebeu visitantes, oficinas e diversos outros eventos voltados para a comunidade.
No entanto, a unidade encerrou suas atividades naquele casarão para se restabelecer em um espaço permanente.
A equipe do CIT reformulou os conteúdos para melhor atendimento às necessidades de informação dos atingidos e buscou ocupar um espaço permanente e público, tendo em vista o repasse futuro para parceiros e/ou entes públicos.
Enquanto as tratativas entre o CIT e o poder público não avançam para implementação de um local nestas condições, o CIT está instalado em espaço alugado.
O CIT Mariana está estabelecido na Rua Direita, nº 50º – 2º andar, no Centro Histórico da cidade. Conta com uma expografia que abrange pontos fundamentais sobre o rompimento da barragem de Fundão e o processo de reparação, além de um ponto de acesso à Plataforma Interativa.
O espaço pode ser visitado gratuitamente de forma livre e espontânea pela população e demais interessados as quintas e sextas-feiras, das 9h às 12h e de 13h às 17h.
Visitas de grupos específicos devem ser agendadas pelo Formulário de Agendamento de Visitas
CIT Governador Valadares
O Centro de Informação Técnica (CIT) de Governador Valadares será sediado na Praça Getúlio Vargas, e dividirá o espaço com o Museu da Cidade, que contará com um espaço expositivo próprio, incluindo uma Reserva Técnica e Sala Multiuso, onde poderão ser realizados eventos como oficinas e palestras.
Tratativas para a assinatura do Termos de Parceria estão sendo realizadas junto à Prefeitura local. Somente após este acordo firmado é que as obras de instalação do CIT GV poderão ser iniciadas.
Enquanto as negociações seguem avançando, o CIT alugou um espaço em Governador Valadares, entre junho e setembro de 2024. Contudo, o CIT encerrou suas atividades em atendimento à Deliberação nº800/CIF.
CIT LINHARES
As tratativas com o Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade – ICMBio seguem avançando para implantação do CIT em local definitivo.
Enquanto as negociações prosseguem com o ente parceiro, o CIT se estabeleceu em Linhares, em um local alugado entre março e setembro de 2024. Este espaço encerrou suas atividades em atendimento à Deliberação nº800/CIF.
CIT Linhares está estabelecido na Avenida Augusto Pestana 1.390 – Centro – Linhares (no local onde anteriormente funcionava o CIA).
Conta com uma expografia que abrange pontos fundamentais sobre o rompimento da barragem de Fundão e o processo de reparação, além de um ponto de acesso à Plataforma Interativa.
O espaço pode ser visitado gratuitamente de forma livre e espontânea pela população e demais interessados as terças e quintas-feiras, das 9h às 12h e de 13h às 17h.
Visitas de grupos específicos devem ser agendadas pelo Formulário de Agendamento de Visitas
O Rompimento da barragem de Fundão
O dia 5 de novembro de 2015 marca o maior desastre socioambiental brasileiro
O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), certamente marcou a história do povo brasileiro no dia 5 de novembro, trazendo à tona momentos de desespero e perdas diversas para a sociedade como um todo.
Além disso, considerado o maior desastre do mundo envolvendo barragens de rejeitos, o rompimento despejou um volume total de 40 milhões de metros cúbicos, que percorreu a Bacia do Rio Doce, mudando drasticamente diversos aspectos da vida das comunidades.
Consequentemente, como consequências imediatas, o deslocamento físico das pessoas e os danos ao ecossistema do Rio Doce exigiram debates e posicionamentos sobre um complexo processo de reparação e compensação dos impactos causados pelo desastre.
O dia do desastre
Foi em uma quinta-feira, no dia 5 de novembro de 2015, por volta das 15h30, que aconteceu o rompimento da barragem de Fundão, situada no Complexo Industrial de Germano, no Município de Mariana/MG. Além de ser um desastre socioambiental, a tragédia vitimou 19 pessoas.
O empreendimento estava instalado na Bacia do rio Gualaxo do Norte, afluente do rio do Carmo, que é afluente do rio Doce. Assim, o seu colapso ocasionou um “tsunami” com os rejeitos de minério de ferro e sílica, entre outros materiais.
A onda de rejeitos atingiu a barragem de Santarém, mais à frente, erodindo parte da estrutura após receber volumes de água e rejeitos estrondosos. Rapidamente, em alta velocidade, a onda atingiu o Córrego de Fundão e o Córrego Santarém, soterrando grande parte do subdistrito de Bento Rodrigues, vitimando 19 vidas e desalojando centenas de famílias.
A avalanche de lama e rejeitos percorreu 55 km até desaguar no rio do Carmo, atingindo diretamente as comunidades de Paracatu de Baixo, Camargos, Águas Claras, Pedras, Ponte do Gama, Gesteira, bem como os municípios mineiros de Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado.
O trecho de maior impacto da onda de rejeitos está localizado entre a barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, ocasionando o transbordamento de um grande volume de rejeito para as áreas de preservação dos rios Gualaxo do Norte e rio do Carmo, destruindo a cobertura vegetal das margens do rio, removendo assim tudo que estava sobre o solo.
Além disso, além das perdas na vegetação, o rejeito destruiu habitats de animais terrestres e aquáticos, tanto na bacia do Rio Doce, quanto no ambiente marinho da foz.
Impactos incalculáveis
As perdas de propriedades rurais invadidas pela lama, vidas ceifadas pela avalanche de rejeitos e outras destruições foram impactos imediatos do desastre. No entanto, as consequências do efeito a longo prazo do desastre podem ser, em parte, irreparáveis.
Além do mais, inúmeras localidades vivenciaram repentinamente a falta de abastecimento de água, e aqueles que dependiam do rio Doce para se alimentar ou retirar seu sustento também vêm sofrendo desde então.
Por outro lado, os povos indígenas e povos tradicionais que cultuavam o rio, muito além de buscarem água e alimento, perderam também uma referência fundamental de sua cultura. No rio, eles celebravam a vida, eram batizados e realizavam rituais e festas.
Em suma, diversos aspectos da vida das comunidades foram desarticulados. Além dos impactos ambientais, deslocamentos físicos de pessoas, a perda de trabalho e danos à saúde física e emocional das vítimas do desastre tornaram-se parte da rotina, assim como os debates sobre reparação, indenizações e reassentamentos.
Municípios atingidos pelo rompimento
Mariana é um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais, na Região Sudeste do país. Sua população estimada em 2018 era de cerca de 60 mil habitantes e a economia local depende principalmente do turismo e da extração de minérios.
Mariana foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais. No século XVIII, foi uma das maiores cidades produtoras de ouro para o Império Português. Tornou-se a primeira capital mineira por participar de uma disputa onde a Vila que arrecadasse maior quantidade de ouro seria elevada a Cidade sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais.
Em comparação com outros municípios do estado, Mariana detém uma posição econômica de destaque, sendo que o seu produto interno bruto (PIB) é um dos maiores de Minas Gerais.
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O Centro de Informação Técnica (CIT) tem a missão de fornecer acesso às informações sobre o rompimento da barragem de Fundão e o processo de reparação socioambiental por meio de recursos que garantam a construção participativa de um acervo, seja em ambiente virtual ou por meio de espaços físicos.